24 Mai 2023
Soluções para a indústria
Grupo Sulimet
Com uma equipa constituída por cerca de 900 pessoas, distribuídas por Portugal e por Marrocos, e com um volume de faturação, em 2022, de 29 milhões de euros, o Grupo Sulimet é uma referência no mercado nacional e internacional em setores tão distintos como a indústria de cablagens para o sector automóvel e outros, e a metalomecânica. Com uma aposta clara na completa satisfação das necessidades dos seus clientes, a Sulimet fornece soluções para a indústria diferenciadas, onde os elevados níveis de qualidade são uma certeza.
Com o crescimento da indústria automóvel, em Portugal, durante a década de 90, a Sulimet é criada, em Canedo, Santa Maria da Feira, com o objetivo de servir este setor de atividade em ascensão. Com a passagem do tempo, contudo, a empresa acaba por acrescentar ao seu portefólio produtos da área da metalomecânica, por forma a resposta aos pedidos e necessidades dos seus clientes. Já em 2008, com a globalização do mercado fortemente enraizada pelos líderes mundiais, a Sulimet potencia o seu crescimento para o Norte de África, criando, em Marrocos, uma segunda unidade produtiva. "Entramos no mercado marroquino com a construção de tabuleiros e linhas de montagem para a indústria das cablagens. Três anos depois, em 2011, já estávamos a produzir as próprias cablagens", relembra Vítor Santos, responsável pelo Grupo Sulimet, que refere que a criação desta unidade permitiu à empresa um crescimento económico e sustentável do um ponto de vista económico e social, o que possibilitou que a Sulimet melhorasse as suas competências tecnológicas, desenvolvesse a sua área da qualidade e da Inovação & Desenvolvimento. Desde o momento em que realizámos esta aposta, o nosso crescimento foi exponencial, completa.
Atualmente, nos dois países, o Grupo emprega cerca de 900 pessoas, e obteve um volume de faturação, em 2022, de 29 milhões de euros. Para este sucesso, devo destacar o grande crescimento no sector das Cablagens o empresário.
Atualmente, nos dois países, o Grupo emprega cerca de 900 pessoas, e obteve um volume de faturação, em 2022, de 29 milhões de euros. Para este sucesso, devo destacar o grande crescimento no sector das Cablagens o empresário.
Soluções de Qualidade à Medida do Cliente
Com cinco naves de produção em Portugal, na atualidade, a Sulimet oferece aos seus clientes soluções diferenciadas, de qualidade, e à medida as expetativas e exigência dos seus clientes. Entre outros, a empresa detém uma unidade de produção de cablagens, com sistemas de distribuição de energia e com cabos ponto-a-ponto e cablagens elétricas. No setor das peças metálicas e plásticas, recorrendo a equipamentos de controlo numérico computorizado, CNC, a Sulimet produz a maquinação de peças para integração e utilização nas mais diferentes áreas de atuação. Neste setor, a empresa dispõe de um parque industrial com equipamentos de maquinação, tornearia e fresagem, aptos para trabalhar em materiais como o aço, latão, inox, alumínio e poliamidas, o que permite que as soluções encontradas detenham a qualidade e precisão exigida pelos seus clientes, detendo ainda vasta experiência na área da soldadura. Para além disso, com a tecnologia adequada, a Sulimet cria valor nos mais diferentes materiais, nomeadamente no fabrico de peças de integração em equipamentos utilizados, e no desenvolvimento e produção de peças à prova de engano/erro (mistake proof).
A empresa, utilizando a tecnologia e processos instalados, desafia as suas capacidades na produção de peças, sistemas e amostras para os seus clientes, apoiando-os nas primeiras fases de um projeto, nomeadamente na cotação de novos projetos - Request for Quotation (RFQ). Além disso, através da produção de amostras físicas, a Sulimet materializa peças em resposta a necessidades de fases de prototipagem. No ao nível dos sistemas poka-yoke, a empresa labora em duas grandes áreas: as linhas de produção e as mesas de controlo dimensional. Nas primeiras, a Sulimet é especialista na conceção de sistemas de produção utilizados em linhas de produção série e no desenvolvimento do sistema que está presente no triplo constrangimento de um projeto: custo - planeamento - âmbito, o que permite encontrar soluções à medida das necessidades de cada cliente. Além disso, os sistemas de produção desenvolvidos permitem aos clientes a produção de produtos com qualidade e output previsto, eficiente e eficaz.
No que concerne às mesas de controlo dimensional, a empresa procede ao desenvolvimento, conceção e montagem de painéis e mesas de controlo dimensional para a manufatura de cablagens elétricas para automóveis, sendo que a conceção dos diferentes módulos utilizados, bem como a arquitetura das mesas, é desenvolvido de forma a proporcionar um manuseamento facilitado para o seu utilizador. Paralelamente, a utilização dos painéis de montagem (jig board) garante a arquitetura e dimensão das cablagens durante o seu processo de manufatura, aquando da colocação das diferentes proteções mecânicas, assim como na posição e orientação dos diferentes componentes de fixação. Por último, a Sulimet procede à produção de módulos desenvolvidos pelos seus clientes para posterior integração em painéis e mesas de controlo dimensional, de acordo com o standard de cada cliente específico.
Presente e Futuro
"Só para que se perceba o nosso ritmo de crescimento, em 2020, trabalhavam na Sulimet Portugal cerca de 70 pessoas. Hoje, temos 300", recorda Vítor Santos. O empresário admite que o menor número de funcionários foi vantajoso no combate à pandemia. "Foi claramente mais fácil gerir a rotatividade de uma equipa mais pequena. Apesar disso, durante cerca de um mês, devido à incerteza em relação à doença, a falta de informação e o medo de muitos dos nossos colaboradores, estivemos em lay-off. Findo esse tempo, a nossa atividade começou a retomar e voltamos a laborar, alavancados pelo facto de não estarmos muito ligados à indústria automóvel. Na altura, fabricávamos muito equipamento para barcos, empilhadores, máquinas agrícolas, entre outros. Adotámos todas as medidas de seguranças previstas, por forma a evitar os contágios e a nossa produção prosseguiu".
Apesar disso, Vítor Santos assevera que o Grupo teve que se debater com outro problema naquele período: a falta de algumas matérias-primas, "até porque muitas delas vêm da China, algo impossível de concretizar. Para além disso, os custos de logística subiram de forma vertiginosa, sem que isso garantisse, contudo, a atempada entrega das encomendas. O preço dos contentores marítimos quase que quadruplicou, o que prejudicou a nossa atuação".
Finda a pandemia, iniciou-se o conflito que opõe a Rússia à Ucrânia. O empresário advoga que a guerra fez com que os preços de algumas matérias-primas voltassem a subir, sendo que o setor da metalomecânica foi o mais prejudicado na Sulimet. "Além da subida exponencial de preços, voltamos a lidar com a problemática da falta de alguns materiais, onde a procura excedia, em muito, a oferta existente no mercado, apesar dos preços proibitivos", completa.
Quanto ao futuro, Vítor Santos revela que a grande aposta continuará a ser o mercado de Marrocos, até porque, em Portugal, a empresa enfrenta uma grande dificuldade na atualidade: a falta de mão de obra disponível. "Estamos com uma taxa de rotatividade bastante elevada, na medida em que damos a oportunidade a pessoas sem qualquer experiência. Damos-lhes formação e, depois, não conseguimos rentabilizar esse investimento porque esse trabalhador não quer continuar na empresa. Claro que se a nossa legislação laboral fosse mais flexível, seria fácil para as empresas rentabilizarem os seus investimentos, pois teríamos mais flexibilidade em nos poderemos ajustar aos aumentos e decréscimos de encomendas. Assim sendo continuamos a ser um País com uma baixa produtividade, conclui.
Apesar disso, Vítor Santos assevera que o Grupo teve que se debater com outro problema naquele período: a falta de algumas matérias-primas, "até porque muitas delas vêm da China, algo impossível de concretizar. Para além disso, os custos de logística subiram de forma vertiginosa, sem que isso garantisse, contudo, a atempada entrega das encomendas. O preço dos contentores marítimos quase que quadruplicou, o que prejudicou a nossa atuação".
Finda a pandemia, iniciou-se o conflito que opõe a Rússia à Ucrânia. O empresário advoga que a guerra fez com que os preços de algumas matérias-primas voltassem a subir, sendo que o setor da metalomecânica foi o mais prejudicado na Sulimet. "Além da subida exponencial de preços, voltamos a lidar com a problemática da falta de alguns materiais, onde a procura excedia, em muito, a oferta existente no mercado, apesar dos preços proibitivos", completa.
Quanto ao futuro, Vítor Santos revela que a grande aposta continuará a ser o mercado de Marrocos, até porque, em Portugal, a empresa enfrenta uma grande dificuldade na atualidade: a falta de mão de obra disponível. "Estamos com uma taxa de rotatividade bastante elevada, na medida em que damos a oportunidade a pessoas sem qualquer experiência. Damos-lhes formação e, depois, não conseguimos rentabilizar esse investimento porque esse trabalhador não quer continuar na empresa. Claro que se a nossa legislação laboral fosse mais flexível, seria fácil para as empresas rentabilizarem os seus investimentos, pois teríamos mais flexibilidade em nos poderemos ajustar aos aumentos e decréscimos de encomendas. Assim sendo continuamos a ser um País com uma baixa produtividade, conclui.
Fonte:
In, Empresas +