30 Mar 2021

Um território dinâmico

Iniciativas, projetos, ferramentas, obras. Santa Maria da Feira não trava e é aqui que assenta o seu sucesso.

Santa Maria da Feira é um território desenvolvido social e economicamente. É terra de inovação, de exportação. Local de parques empresariais e industriais, onde existe uma tentativa incessante de atrair investimento. E se existe uma iniciativa que contribui decisivamente para a dinâmica da economia, da indústria e do emprego local é o Bizfeira, projeto que assinala sete anos a 31 de março.

"O Bizfeira é claramente o chapéu do desenvolvimento económico e empresarial do território. É um projeto extraordinário, com resultados históricos, creio que inimagináveis para a maioria, porque não é uma obra física, de fácil perceção para quem está de fora. Falamos de um projeto ambicioso e transversal de diplomacia económica, de captação de investimento estrangeiro, de parcerias económicas, de apoio às empresas e de promoção da internacionalização, das exportações e da empregabilidade", começa por explicar Emídio Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. 

O autarca prossegue, recordando que a conferência anual que se faz desde 2014, e que contou com a participação do então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho no momento da abertura, é o "culminar de cada ano de trabalho e um relevante momento de partilha e discussão entre empresas, organismos públicos e privados, e academia".

Há sete anos que se desenvolvem duas ferramentas de apoio ao trabalho para promover e aproximar o território a novos mercados: a revista Good Makers, um caderno de apresentação de Santa Maria da Feira a potenciais investidores estrangeiros; e a plataforma digital de negócios Bizfeira, com mais de duas mil empresas registadas, criada para aproximar empresas e cidadãos de todo o mundo a Santa Maria da Feira.

 A aposta das multinacionais

Santa Maria da Feira é um concelho apelativo. A prova está no facto de nos últimos anos muitas multinacionais terem escolhido o território para se instalarem. Emídio Sousa conta que todo o trabalho de promoção internacional que foi feito nos últimos anos colocou o concelho no radar dos investidores e dos parceiros mais relevantes na captação de investimento, como a AICEP e as Câmaras de Comércio.

"Sempre que fazemos uma apresentação internacional, reunimos 40 ou 50 investidores. Sabemos que, mais cedo ou mais tarde, alguns acabam por nos contactar porque sabem onde estamos localizados, conhecem as condições que proporcionamos e, acima de tudo, sabem que o interlocutor privilegiado será sempre o presidente da Câmara, o que lhes dá uma grande confiança para investir no nosso território", garante.

Segundo o autarca, o investidor aprecia e reconhece esta capacidade de acompanhar e de simplificar os processos burocráticos. "Sabemos que é difícil investir em Portugal, e um investidor internacional que não conhece os procedimentos e não sabe como fazer ou tem um apoio técnico permanente e de proximidade como aquele que prestamos ou simplesmente desiste. E o trabalho que realizamos a este nível é intenso e empenhado", afiança.

 Europarque e outros novos projetos

Esta proximidade que se tem com um investidor é um sucesso e já está consolidada. Mas o futuro está sempre à espreita, pelo que se coloca a questão. E agora? Que novos projetos de investimento tem a autarquia pensados para implementar e desenvolver?

"Neste momento, estamos empenhadíssimos em ampliar as nossas zonas industriais até onde for possível e estamos a ultimar o projeto de execução do grande eixo industrial da zona norte – o Eixo das Cortiças – que gostaríamos de ter concluído neste mandato, mas não foi possível. Tudo faremos para que fique pronto no próximo", assegura.

Haverá vários investimentos na área da saúde. "Hoje já somos o território com melhores infraestruturas de cuidados de saúde primários do país. É nossa intenção construir mais seis edifícios para instalação de Unidades de Saúde Familiar que já estão criadas". Ainda este ano poderá começar a construção das USF de São Paio de Oleiros/Nogueira da Regedoura, Canedo e Milheirós de Poiares. Existe também o objetivo de ampliar o Hospital de S. Sebastião.

A educação é uma aposta permanente, na promoção da aprendizagem da linguagem de programação, no fornecimento de computadores ou na oferta de alimentação às crianças que necessitem, sem esquecer a reabilitação das escolas. "Esta será, de resto, uma das nossas apostas no próximo mandato, para além da construção do novo Centro Escolar da Feira, na antiga EB 2,3 Fernando Pessoa."

O desporto também continuará a ser uma aposta forte. "Espero, no próximo mandato, construir uma pista de atletismo que permita o treino para competições olímpicas, dotada de condições de excelência. Ainda este ano avançará, no nordeste do concelho, a construção da Piscina Municipal de Canedo, equipamento de interesse regional que encerra o nosso investimento em piscinas."

A reabilitação do cais do Porto Carvoeiro e a regeneração urbana do núcleo habitacional da povoação, classificada como Aldeia de Portugal, poderá ter início ainda este ano.

A revitalização e requalificação do Europarque é outra grande ambição. Se tudo correr como está planeado, o Europarque será "a grande referência da área metropolitana para os próximos 20 anos". "É essa a minha ambição e espero conseguir pô-la em prática, apesar da burocracia no nosso país. A minha intenção é que, no próximo mandato, esta terceira fase, muito mais ambiciosa que as anteriores, esteja pelo menos em andamento, para que esta nova cidade de excelência se torne uma realidade", deseja Emídio Sousa.


Fonte: In, Jornal de Negócios
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