04 Mai 2017

"Quando as pessoas pensarem em alumínio têm de se lembrar da ITAF"

Bruno Santos é o director geral da ITAF e herdou os conhecimentos do pai, José Henriques Santos, presidente da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guizande, e da mãe, Maria Alice Santos, para percorrer um caminho de sucesso na área da serralharia.

A ITAF - Indústria de Trabalho em Alumínio e Ferro quer chegar à Bélgica e à Suiça de forma a alargar o leque de clientes na Europa.

Numa empresa em que o crescimento na facturação tem funcionado como uma afirmação no mercado, Bruno Santos considera que é altura de trabalhar para dar ainda mais visibilidade à marca.

Os clientes da ITAF são maioritariamente da zona Norte de Portugal?
Fazemos para qualquer lugar do mundo. A nossa facturação atinge os 50,3 por cento para o exterior, para países como Marrocos, França e para o Reino Unido. Estamos a tentar entrar noutros mercados, nomeadamente na Suiça e na Bélgica.

Qual foi até hoje o maior desafio da empresa quando se tratou de satisfazer um cliente?
Todos os nossos trabalhos são grandes desafios. Há um lema que usamos muitas vezes na empresa: "Se fosse fácil não era para nós". Tudo o que vem tem sempre o seu grau de dificuldade devido ao carimbo que colocamos no nosso trabalho. Podemos estar a fazer a janela mais simples que existe, mas ela vai ter que ser perfeita. Todos os desafios são importantes, mas o desafio mais recente e mais emblemático foi o projecto do Hostel da Praça, em Santa Maria da Feira. É um orgulho para nós termos sido escolhidos, porque não faltava quem quisesse participar na obra. Noutros pontos do globo temos trabalho nosso como em hóteis que chegam a cobrar sete mil euros por noite numa suite. Estamos sempre à procura de novos desafios e queremos estar na maior parte dos países europeus, sobretudo na zona central e ocidental, tirando os países de leste, onde não somos competitivos.

E são dos esses desafios que têm contribuído para o crescimento daITAF?
Sem qualquer tipo de presunção posso afirmar que nunca sentimos verdadeiramente a crise. É verdade que não crescemos no período de crise, mas a nossa estratégia fez com que mudássemos a agulha. Em 2011 descemos a nossa facturação, mas foi propositado. Desde aí, todos os anos temos crescido dois dígitos na facturação, sendo que no ano passado foi um dos melhores anos de facturação em cobrança. Em 2011 facturámos muito mas não cobrámos. No início de 2012 tomámos as medidas necessárias para crescermos.

O tecido empresarial no concelho da Feira é saudável?
É excelente. Somos muito empreendedores e temos gente, que à semelhança do meu pai, não tinha nada, e hoje alcançou um estatuto empresarial. Aliás, o maior empresário do País, Américo Amorim, é do Concelho.

O que faz um empresário ser eficiente?
Trabalho, um pouco de sorte e ter uma equipa ao seu lado que ajude a atingir os objectivos. Neste momento a ITAF está numa posição que não a vai fazer parar e é o contributo de toda a equipa que permite isso. Mas é preciso muito trabalho e um rumo certo. No caso da ITAF, a família também tem sido fundamental no sucesso, ela que algumas vezes é relegada para segundo plano.

E o rumo certo passa por continuar a inovar?
A empresa inova há 40 anos. Não há empresa que sobreviva se não fizer coisas diferentes. Estivemos numa feira em Paris onde apresentámos coisas novas que criaram uma grande adesão. Ao nível do produto, estamos constantemente a inovar, também porque aceitámos os desafios dos clientes que procuram diferentes soluções. Além disso, temos de dar visibilidade à marca porque pretendemos manter a nossa posição no mercado. Queremos fazer uma associação à antiga empresa conhecida como "Zé dos Alumínios". Quando as pessoas pensarem em alumínio têm de se lembrar da ITAF. Recentemente, adquirimos o Rolls Royce das máquinas de corte, o que nos vai permitir mais rapidez e qualidade.

Fonte: In, Terras Notícias
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