19 Fev 2015

Profession Bottier Uma História de Luxo

DOS MODELOS MAIS CLÁSSICOS AOS MAIS TRENDY O CALÇADO MASCULINO DE  LUXO PRODUZIDO PELA PROFESSION BOTTIER JÁ CONQUISTOU 22 MERCADOS MUNDIAIS. OS. EMIRADOS ÁRABES UNIDOS E OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA ESTÃO AGORA NA FORJA DA MARCA DE SANTA MARIA DA FEIRA
 
A qualidade das matérias-primas e a atenção aos detalhes são reconhecíveis e nem é necessário um olhar muito atento para os identificar. A aposta da Profession Bottier na produção semi-artesanal, com especial atenção aos acabamentos, que confere a cada par de sapatos que sai da fábrica uma personalidade própria, reflecte-se na conquista internacional que tem feito paulatinamente.

Dai que entre 5 mil e 7500 pares de sapatos de homem, de luxo, saiam todas as épocas da fábrica de Santa Maria da Feira para 22 mercados espalhados pelo mundo.

França, o primeiro país de entrada da Profession Bottier, Reino Unido, Holanda, Alemanha, Japão e Suíça são hoje os principais destinos do calçado de luxo da marca que surge em 1994 pelas mãos da segunda geração da empresa familiar Ferreira Avelar & Irmão, com quase 68 anos de know-how nesta indústria.

A entrada em novos mercados tem sido sustentada numa estratégia de expansão lenta, na qual a empresa apenas avança para a abordagem após uma visita e ao assistir in loco se a Profession Bottier tem produto e imagem para vender no local, refere Rúben Avelar, director comercial da marca e um dos sucessores da Ferreira Avelar & Irmão. 

É por esse motivo que está agora a preparar-se para conquistar mais mercado nos Ernirados Árabes Unidos e Estados Unidos América. São países «estáveis e de confiança a médio/longo prazo, o que os mercados europeus não podem oferecer actualmente», refere Rúben Avelar. Ainda assim, «convém garantir que a nossa estratégia-mãe passa sempre pelo reforço da aposta no mercado que para nós é considerado "o" mercado interno da Profession Bottier: Europa. Pensamos que desistindo da Europa estamos a abrir ainda mais o fosso económico-social já existente em relação aos países que são apelidados de emergentes», adianta.

A estratégia que tem vindo a consolidar permitiu à Profession Bottier, no ano passado, alcançar um volume de negócios de um milhão de euros, que espera manter este ano. Actualmente representa 20% do volume de negócios da Ferreira Avelar & Irmão, mas a meta será atingir os 35% ainda antes de 2020.
 
HISTÓRIA DE LUXO

As colecções da Profession Bottier são desenvolvidas de forma abrangente, para o segmento masculino médio-alto, de forma a «tocar um pouco em cada um dos mercados» para onde a marca é vendida, refere o director comercial, acrescentando que «cada um tem a sua especificidade, assim como cada povo tem a sua própria fisionomia».

Para que as colecções saiam para o mercado, são investidos anualmente cerca de 30 mil euros em Investigação & Desenvolvimento, sendo que «será impossível particularizar o que é I&D» dentro do sector, uma vez que «um modelo especifico pode ter vários pontos técnicos e inovadores, que não carecem de um investimento monetário, mas que absorvem imensas horas de estudo para que, mesmo sendo tão técnico, pareça um sapato normal...», avança. 

Os 112 colaboradores da Ferreira Avelar & Irmão, distribuídos por três pavilhões dentro do mesmo pólo industrial, trabalham cada projecto desenvolvido pela empresa, Profession Bottier incluída, adianta o responsável comercial. Com preços que oscilam entre os 150 e os 500 euros por par, no final, o objectivo é sempre o mesmo: «Produzir um produto de alta qualidade de forma a podermos oferecer ao nosso cliente um par de sapatos de luxo a um preço cada vez mais adequado à realidade económico-social que se vive». 

Mas nada disto seria possível se os dois irmãos. Manuel e António Ferreira Avelar, não se unissem, no final dos anos 40, com o objectivo de abrir uma pequena empresa de produção de sapatos de luva. A viragem na história da empresa acontece em 1987, já com a segunda geração da família, após o estilista francês Jacques Mirault ter reconhecido a qualidade e excelência do método produtivo. 

Esta foi a porta de entrada para o mercado francês e o principio do cariz exportador da empresa de Santa Maria da Feira. De acordo com Rúben Avelar, «a Profession Bottier nasceu em 1947 sob o nome Ferre - Calçado de Luxo. mas o seu registo comunitário sob a designação actual apenas sucedeu em 1994», para conquistar novos mercados e fazer face ao abrandamento interno. Curiosamente, e embora França tenha sido o mercado de entrada da Profession Bottier, a empresa já exportara para a Rússia e Cuba desde a década de 80, mas enquanto Ferre. Hoje, e embora os desafios existam a cada dia e sob novos formatos, o principal adversário que a Profession Bottier tem de enfrentar é a indefinição dos mercados. no que diz respeito ao poder do consumo. «Neste momento vemos que quer retalhistas, quer distribuidores, quer mesmo os consumidores, não conseguem investir a médio prazo, o que nos dá cada vez menos tempo de resposta para cada desafio proposto por um cliente», afirma Rúben Avelar. Isso pode «ameaçar a qualidade do produto final, pois, se aliarmos este factor ao controlo exacerbado dos preços de retalho. podemos ter aqui um ponto de ruptura que será difícil de tapar. se não houver resistência e bom senso por parte dos fabricantes de calçado espalhados pelo mundo», conclui.


França, o primeiro país de entrada da Profession Bottier, Reino Unido, Holanda, Alemanha, Japão e Suíça são os principais destinos do calçado de luxo da marca que surge em 1994 pelas mãos da segunda geração da empresa familiar Ferreira Avelar & Irmão.

 

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