21 Jun 2016

Portugal já captou 285 milhões no Horizonte 2020

Os apoios atribuídos a entidades portuguesas no âmbito do Horizonte 2020 atingem 285 milhões de euros – revelou à "Vida Económica” o GPPQ – Gabinete de Promoção do Programa-Quadro. Desde o arranque do Horizonte 2020, em janeiro de 2014 até à data, as entidades nacionais apresentaram mais candidaturas e obtiveram mais financiamento em comparação com o anterior Programa-Quadro.

Do total de apoios já aprovados, 65% vão para universidades e centros de investigação. Em segundo lugar, surgem as empresas, com 23%, ou seja, 65 milhões de euros. As entidades públicas ou sem fins lucrativos garantiram 9% dos apoios. Desde 2014 e com os primeiros resultados de 2016 apurados, o financiamento comunitário para entidades nacionais atinge atualmente os 285 milhões de euros, o que reflete um crescimento consistente desde o anterior programa-quadro, quer no montante de financiamento obtido, quer na percentagem captada face ao orçamento disponível. De acordo com o GPPQ, a presença nacional no Horizonte 2020 é muito abrangente, contabilizando-se 56 coordenações, 378 projetos e 551 participações.

Do conjunto de 390 projetos apresentados por PME portuguesas ao SME Instrument, 27 foram aprovados. Na última fase de candidaturas a Coolfarm, Aveleda, e Stemcell2max entraram na lista das empresas com projetos apoiados

Em declarações à "Vida Económica”, uma fonte do GPPQ destacou a evolução positiva sobre a participação das empresas.

Na Fase 1, apesar da competitividade que caracteriza este concurso com taxas de sucesso que têm vindo a ser cada vez mais baixas, a participação nacional tem vindo sempre a aumentar. Em 2014, as empresas nacionais tiveram uma taxa de sucesso de 5,4%, contra 8,6% da média europeia. Esta tendência inverteu-se em 2015, com as empresas portuguesas a terem uma taxa de sucesso de 8,1%, contra 7,7%, e em 2016 (concurso aberto até ao final do ano) arrancámos com 10,7%, contra 8,9% de média europeia. Nos últimos 3 "cut-offs”, Portugal teve uma taxa de sucesso sempre acima de 10%, um desempenho que muito poucos países conseguiram.

Na Fase 2 estes dados não são tão gratificantes, em grande parte devido às baixíssimas taxas de sucesso que se verificaram em 2015. Portugal teve um projeto aprovado em 2014, o que contribuiu para uma taxa de sucesso de 7,7%, contra 11,3% de média europeia. Já em 2015, com a taxa de sucesso europeia a cair para 4%, Portugal não teve nenhum projeto aprovado, apesar de ter tido vários muito bem pontuados que ficaram muito próximos de ser financiados. Em 2016, a sorte parece que se inverteu e já temos um projeto aprovado o que no último concurso acabou por alinhar a participação portuguesa com a média europeia”, acrescenta o GPPQ.

 

Fonte: In, Sibec
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