23 Mar 2017

Ginita exporta 80% da produção de calçado

A empresa de calçado Ginita, sediada em Escapães, Santa Maria da Feira, que já exporta 80% da sua produção, definiu como meta para o curto prazo a aposta em novos mercados internacionais, nomeadamente Canadá, Estados Unidos da América e Colômbia.

É um dos casos de sucesso da indústria portuguesa de calçado. A empresa Ginita - com forte penetração no mercado europeu - alarga as exportações para as Américas.

Fundada por António Correia Alves, a Ginita é uma fábrica de calçado de Escapães (Santa Maria da Feira) que produz actualmente 1.000 pares por dia, colocando 20% da sua produção no mercado nacional e os restantes 80% em países como a França, Alemanha, Inglaterra e Holanda.

Localizada num dos concelhos que mais exporta calçado, a empresa teve em 2016 uma facturação de oito milhões de euros, estimando, para este ano, aumentar o volume de vendas em 5% através da exportação para os novos mercados do Canadá, EUA e Colômbia.

"Temos confiança em conseguir bons resultados, porque os contactos que estamos a fazer, particularmente nos estados de Nova Jérsia e Nova Iorque, têm tido muita receptividade", afirma Eduardo Guimarães, director comercial.

A estratégica para os novos mercados terá como elemento -chave auscultar inicialmente o perfil sociológico do consumidor e "oferecer-lhe" como resposta qualidade de fabrico, design arrojado e divulgação, quer em feiras, quer noutros certames específicos. Foi essa a receita para os mercados europeus e será a mesma para este novo desafio.

"Os nossos sapatos são uma referência, no segmento médio/alto e de luxo, reconhecida, quando começamos a exportar calçado de senhora e, mais tarde, na colecção de homem onde investimos numa linha 'simples', muito atraente que aliava o design à excelência dos materiais e é isso que continuaremos a fazer, no segmento médio/ alto e de luxo", explica o responsável comercial da "Ginita".

Longe vão os tempos em que as exportações se faziam em função de preços competitivos, sendo a maioria dos modelos "importados", em particular de Itália. Hoje não é assim. O sector revitalizou-se, modernizaram- se os equipamentos, fez-se melhor formação profissional, criaram-se modelos próprios e, finalmente, foi feito um forte investimento na promoção em feiras internacionais. Isso, impôs uma grande atenção a todos os pormenores, desde o sapato "em si" até à "caixa".

Prestígio internacional
O sapato made in Portugal assumiu-se como uma referência de prestígio internacional, presente nas sapatarias com marca própria Esta "revolução" na indústria de calçado fez de um sector tradicional - que muitos consideravam condenado a morrer - um caso de sucesso para as nossas exportações.

"O sector do calçado tem futuro e recomenda-se. A qualidade do fabrico é reconhecida mas não basta", afirma Eduardo Guimarães, salientando que, "para continuarmos a crescer, temos que, cada vez mais, investir em novos mercados e em novas marcas".

"A 'Ginita' é conhecida, prestigiada e vamos mantê-la, embora rejuvenescendo a sua imagem; continuaremos também a estar, por vezes, representados com a 'Printe Label'. Mas a nossa grande aposta é a marca que anunciaremos brevemente - com uma colecção com padrões e materiais inovadores concebidos pelo nosso sócio Albérico Alves - focada para os mercados internacionais que estamos a abrir", remata Eduardo Guimarães. 


Números
1.ooo
Pares de sapatos são produzidos pela empresa de Escapães.
80%
Da produção da empresa destina-se aos mercados internacionais.
5%
Meta de aumento da exportação para novos mercados.

Fonte: In, Diário de Aveiro
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