11 Jul 2019

Faurecia duplica área de implantação no centro logístico na Feira

O Centro Empresarial da Feira (CEF), um investimento de cerca de oito milhões de euros, tem já na calha dois novos investimentos de empresas espanholas, uma no setor do aço, outra no da construção de grandes estruturas.

A Faurecia, uma das maiores multinacionais do setor automóvel a operar em Portugal, vai duplicar a área do centro logístico que possui no Centro Empresarial da Feira (CEF), passando a gerir um total de cerca de seis mil metros quadrados, disse ao JE o diretor-geral do centro, Hugo Pinto.

Na calha estão também dois novos investimentos oriundos de grupo empresariais espanhóis. Um desles está ligado ao setor do aço e outro ligado à construção de grandes estruturas, adiantou Hugo Pinto, sem poder adianta revelar os nomes.

O CEF foi criado há cerca 18 meses, a partir do aproveitamento de instalações e espaço deixados pela antiga fábrica Rhode – que chegou a ser a maior fábrica de calçado do país – e que ocupa uma área de aproximadamente 51.500 metros quadrados (dos quais 27 mil m2 dedicados a pavilhões e 3 mil m2 a pequenos e grandes escritórios) está neste momento com uma taxa de ocupação de cerca de 55%.

Mas a entidade gestora – onde pontifica a Câmara Municipal da Feira – está já a equacionar o crescimento do complexo, através da construção de um segundo edifício de escritórios ou de serviços, disse ainda Hugo Pinto.

O CEF representa hoje para o desenvolvimento económico de Santa Maria da Feira a captação de mais de 45 empresas, que já criaram mais de 120 postos de trabalho. Face às outras zonas industriais do concelho de Santa Maria da Feira, Hugo Pinto salientou que o CEF tem "um serviço diferenciado em termos de ‘fit out’ e serviços de apoio, quer em termos de funcionalidade das próprias instalações”.

Hugo Pinto disse ainda que, face ao sucesso até agora obtido, estão a "ponderar a replicação deste modelo de negócio a outras zonas de Santa Maria da Feira ou em qualquer parte do território nacional”.

Entre as empresas que já se encontram instaladas no CEF, destaca-se a presença da McDonalds, que ali localiza o seu centro operacional; a Napa Codina, uma multinacional brasileira de venda de curtumes; e a Intevial, empresa que executa as obras da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal.

Segundo Hugo Pinto, o ‘core business’ do CEF, que é uma empresa privada, é a captação de empresas de base tecnológica e serviços para ocupar os espaços destinados a escritórios e empresas de serviços de valor acrescentado para os armazéns.

Emídio Sousa, presidente da câmara da Feira, disse por seu turno ao JE que "a câmara vai avançar com soluções deste tipo para outros locais, replicando o sucesso que teve no CEF”. A autarquia não investe diretamente na criação destes centros logísticos, "mas promove este tipo de investimentos com todo o apoio que uma autarquia pode dar”.

Emídio Sousa explicou ainda que a Feira "estará próxima de uma situação de pleno emprego, pelo que a região já está ativamente à procura de quem quiser vir trabalhar para aqui”. Estão nessa situação, imigrantes que partiram da Feira para a Venezuela e para o Brasil, mas também "alunos de uma escola de hotelaria em Cabo Verde, que visitei recentemente e que motivou muito os empresários locais”.
Fonte: In, Jornal Económico
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