23 Abr 2018

Escudos de cortiça criados em Portugal vão proteger amostras recolhidas em Marte

Escudos térmicos em cortiça, que estão a ser desenvolvidos no laboratório do ISQ (Instituto de Soldadura e Qualidade), em Castelo Branco, vão ser usados para proteger amostras do solo de Marte. O rególito, ou o material solto e fragmentado que cobre rocha sólida, será recolhido em missões da Agência Espacial Europeia (ESA). 

Neste laboratório têm sido feitos testes de impacto e de calor nos escudos protetores dos contentores esféricos que serão colocados num veículo que vai trazer as amostras de volta à Terra.

"A cortiça tem a vantagem de ser leve e resistente ao calor e ao fogo, o que é importante quer para economizar combustível quer para a reentrada na atmosfera terrestre”, adiantou à Lusa Carla Guedes, do Instituto de Soldadura e Qualidade.

Para além do ISQ, participam no projeto, que dura há dois anos e custou até agora 400 mil euros, a corticeira Amorim, a empresa Critical Materials e o instituto de polímeros PIEP.

As missões Mars Sample Return, que estão agendadas para depois de 2020, e que são planeadas em conjunto pela ESA e pela agência espacial norte-americana NASA, e a Phobos Sample Return, deverão durar cinco anos. Está prevista nestas expedições ao planeta vermelho a recolha de solo marciano sob a forma de rególito, material solto e fragmentado que cobre rocha sólida, que regressará à Terra para ser estudado.

Fonte: In, Revistaport.com
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