31 Jul 2017

De Santa Maria da Feira para o mundo

O visitante de Santa Maria da Feira já pode levar para casa uma recordação da cidade. Durante a Viagem Medieval há loja física na Casa do Moinho, mas a venda dos produtos prolonga-se pelo ano inteiro na plataforma online lançada na passada quarta-feira.

"De Santa Maria da Feira para o mundo", assim começou o director-geral da Feira Viva, Paulo Sérgio Pais, na apresentação da nova loja online representativa do Concelho 'Saint Mary Store', lançada na passada quarta-feira, na Loja Interactiva do Turismo. Uma loja que aposta na "dinâmica da internacionalização" e que é fruto do "significativo crescimento nas vendas dos produtos de merchandising". "Ultrapassámos os 50 mil euros nas vendas nas lojas físicas nos eventos", informou Paulo Sérgio Pais, que quer que as pessoas "levem a Feira e a dêem a conhecer".

"A nova plataforma começa a funcionar hoje [passada quarta-feira] com mais de 300 produtos disponíveis que podem ser comprados em qualquer parte do mundo", disse o director da Feira Viva, que não tem a pretensão de ter uma loja física anual 365 dias por ano. "A loja online está aberta 365 dias, 24h, por ano, e tem baixo custo de operação", explicou. Além dos produtos, a organização quer ainda disponibilizar serviços, como "roteiros ou experiências".

O grande objectivo é um ainda maior crescimento da dinâmica dos produtos para que se consiga "enviar o coração da Feira para esse mundo fora". Todas as lojas físicas que já existiam nos eventos passam agora a chamar-se 'Saint Mary Store'. Além destas, há a possibilidade de abrir lojas pop-up em espaços como, por exemplo, o Europarque. "Temos a possibilidade de abrir lá uma loja durante um qualquer evento, mas também noutras actividades no território, ou fora dele, para alavancarmos a marca", referiu.


A designer do projecto 'Saint Mary Store', Vânia Costa, guiou-nos pela plataforma, disponível em português e inglês e segmentada pelas principais marcas (grandes eventos como Imaginarius, Perlim ou Viagem Medieval). Os produtos podem ser entregues em casa das pessoas, via CTT, ou levantados no Europarque ou Loja Interactiva. Além dos produtos já comercializados, pretende-se que seja uma "plataforma aberta" à comunidade. "Queremos que o artesanato local se inclua aqui. O objectivo é que cresça o número de produtos porque juntos somos mais fortes", referiu Paulo Sérgio Pais, alertando que as propostas estão sempre sujeitas a avaliação. "Este é um projecto que irá implicar o envolvimento de todos", declarou o vereador com o pelouro da Cultura, Gil Ferreira, salientando a importância de "colocar a Feira no mundo da saudade e da diáspora". "2016 foi um ano muito bom, aumentámos as dormidas em 30,3% e os visitantes nas atracções (exceptuando eventos com bilheteira) em 33%. Vivemos tempos extraordinários no Turismo", referiu. Os números são "motivadores". Mais 42% de visitantes na Loja Interactiva do Turismo e mais 134% de vendas de merchandising. "Com esta plataforma, muitos mais pedacinhos da Feira colocaremos no mundo", afirmou.

Gil Ferreira lembrou, então, uma história engraçada, aquando da sua visita a Caracas, Venezuela. "Queria levar algumas souvenirs daqui e, na altura, fui ao sítio a que todos vão, esse grande supermercado que é o Sr. Plácido. Pedi-lhe umas canecas com o Castelo e motivos da Feira, e ele disse-me para ir à Loja Interactiva, que era o sítio indicado para vender essas coisas", atirou. Como "2/3 dos utilizadores da Internet compram online", o Município preferiu apostar na plataforma 'Saint Mary Store' que "valorizará a cultura local, autenticidade e aumentará o afecto à distância da comunidade". O vereador apresentou, ainda, alguns objectivos para o Turismo concelhio. "Propomo-nos a atingir as 145 mil dormidas na hotelaria, a diminuir a sazonalidade em 31,5% e a aumentar os visitantes nos equipamentos turísticos para 260 mil por ano. Queremos qualificar o território e melhorar o seu desempenho", afirmou.

"Anteriormente, lançámos a GoodMakers, agora apresentámos a Saint Mary Store", disse o presidente da Câmara, Emídio Sousa.
A internacionalização deixou de ser um objectivo e passou a ser um "dado concreto". "Temos que aproveitar o que temos de bom e já estamos a ter o retorno desse investimento. Este é mais um passo neste processo", referiu, acrescentando que "já ultrapassaram as fronteiras da Feira". "A nossa fronteira é o universo", declarou. Agora que estão no mundo, querem, através da Saint Mary Store, "que o mundo venha cá fazer negócio". "Perguntam- me porquê 'Saint Mary Store'. A língua universal é o inglês. A plataforma está inserida dentro da nossa estratégia de promoção internacional do território", afirmou.

Fonte: In, Correio da Feira
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