21 Abr 2017

AEP tem 4,4 milhões para apoiar a internacionalização

Associação empresarial dispõe de um programa para ajudar empresas na exploração de mercados externos.

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) foi responsável, em 2016, pela maior operação de exportação pontual de vinhos portugueses para o Brasil. Foram 100 mil garrafas, no valor de 300 mil euros, de produtores diferenciados, nenhum deles representado, até então, no mercado brasileiro. Este foi o resultado de uma visita a Portugal dos compradores da cadeia Pão de Açúcar, que vieram contactar com produtores locais, a convite da AEP. Um projeto inovador, reconhece Paulo Nunes de Almeida, da presidente da associação, e que vai ser este ano replicado, não apenas nos vinhos, mas alargado a outros setores da indústria agroalimentar.

Esta é, apenas, uma das muitas iniciativas contempladas no programa de apoio à internacionalização das empresas portuguesas, batizado de BOW – Business on the Way. Com um investimento global de 4,4 milhões de euros, comparticipados pelo programa Compete, o BOW pretende, este ano, apoiar cerca de 250 empresas, tendo a Letónia, a Estónia, a Guiné Equatorial e o Uzbequistão como os novos mercados a abordar.

Previstas estão 10 missões empresariais, designadamente à Austrália, Índia, Irão, Estados Unidos e Canadá, e a presença em 22 feiras setoriais, no Brasil, na China e na Alemanha, entre outros países, bem como a realização de fóruns empresariais, como o Portugal Premium, no Brasil, mas também na China, iniciativa que pretende "ajudar a reposicionar os produtos portugueses na cadeia de valor e junto dos distribuidores”, diz Paulo Nunes de Almeida. 

Para quem nunca exportou Mas a AEP tem, também, iniciativas dirigidas às empresas que ainda não exportam ou que o fazem para, apenas, um ou dois mercados e que não dispõem de condições, designadamente por falta de conhecimento dos mercados, para alargar essa experiência. Na sede da AEP, em Matosinhos, vai nascer um gabinete de apoio à internacionalização vocacionado para preparar as empresas da região para a abordagem aos mercados externos e para a multiplicidade de operações associadas ao processo de internacionalização.

Na prática, trata-se de criar uma sala interativa e que, com o recurso às tecnologias de informação e de comunicação, estará ligada aos escritórios da AICEP pelo mundo, às embaixadas, às câmaras de comércio e indústria e a outros parceiros que existam em cada dos mercados. 

O objetivo, explica o presidente da AEP, é conseguir que uma PME possa analisar o potencial de um mercado sem sair do país e sem gastar dinheiro. "A partir desse primeiro contacto poderá perceber se tem, ou não, potencial para entrar no mercado e se deve avançar para a participação em iniciativas do BOW, seja nas missões empresariais ou na presença em feiras”, destaca Paulo Nunes de Almeida. Este gabinete interativo deverá estar operacional em junho.

Fonte: Dinheiro Vivo
Política de cookies

Este site utiliza cookies. Ao navegar, está a consentir o seu uso.   Saiba Mais

Compreendi